segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Da Poesia Para a Prosa

Dia de Chuva

" ...Pastam nuvens no ar cinzento:
bois aereos, calmos, tristes,
que lavram esquecimento.

Velhos telhados limosos
cobrem palavras, armários,
enfermidades, heroísmos...

quem passa é como um funâmbulo,
equilibrado na lama,
metendo os pés por abísmos...

Dia tão sem claridade!
só se conhece que existes
pelo pulso dos relógios... "

Cecília Meireles.

Dias Como Estes

Era uma tarde de sol, no dia 23 de Dezembro, "véspera da véspera de natal". Nos últimos dias de férias que tive, aproveitei dias como esses, ensolarados e quentes, como se fossem infinitos, sem pensar nas semanas seguintes, sem pensar nas semanas passadas. Pois dias como esses me fazem esquecer até as piores notas, minhas piores brigas, minhas maiores decepções! Me fazem esquecer de que há outros dias diferentes desses, dias em que o céu fica irreconhecível aos meus olhos, escuro como a noite, no entanto sem estrelas. Nublado e demasiadamente frio, demasiadamente úmido. Como se não bastasse, acha-se no direito de rugir e urrar, trovoando fortemente no céu.
Quando a chuva revela-se tão agitada e violenta, me parece não haver nada que possa superá-la. No entanto, a própria chuva se supera mudando de forma; vira uma chuva fraca e lenta, deixa o céu azul ligeiramente nublado, como que para me fazer lembrar de como é um céu azul, só para depois cobri-lo de nuvens, pintá-lo de cinza. O silêncio nesses momentos torna tudo tão monótono que surpreendo a mim mesma fazendo coisas que não quero fazer. Eu como, eu durmo, não faço nada, mas faço tudo. Tudo o que faria, se o sol não estivesse escondido.
De que me servem dias assim? O que faço que me deixa alegre? O que faço, que faz valer o dia? Não progredi; não venci, não perdi. Como poderia? Não tentei, não lutei. Dias chuvosos, mesmo marcados pelos relógios, são nulos, são inexistentes; sombras de coisas antigas, imóveis e escuras. Tão transparentes que são, faço questão de apagá-los da memória, para que não voltem a incomodar depois de acabados.
Perdida em pensamentos sobre chuvas que pensei ter esquecido, não percebi sua chegada, aproveitara meu momento de distração e foi chegando descarada, uma chuva que, como o jornal anunciara, chegava para ficar. A noite toda, o dia todo. A semana toda, se fosse possível! São natais como esse que me deixam tão sentida...


Maria Clara.

domingo, 4 de outubro de 2009

Da poesia para prosa.

Sonho de voar.

Estou aqui a pensar
tentando imaginar
como pôde um homem
esse pássaro gigante
conseguir inventar.

Estou aqui a pensar
como devemos nos orgulhar
desse nosso gênio brasileiro
que fez essa maravilha
do chão levantar.

Estou aqui a pensar
que nasci com o dom
para um dia o céu cruzar
como fez nosso Dumont

Agora passo a meditar
e peço a Deus para me ajudar
a poder algum dia
essa máquina pilotar

Como pode um homem, simplesmente um ser humano, inventar essa máquina chamada avião, que desafia todos os padrões, levantando do chão com um peso muito maior do que o do ar.
O brasileiro quando olha para um avião no céu, sente orgulho de seu conterrâneo Dumont. Se não fosse ele para criar essa máquina tão complexa, como iríamos viajar, pelos sete mares, de um continente para o outro??
Todos nós, depois da descoberta do avião temos a oportunidade de sentir a emoção de por alguns momentos, encostar nas nuvens e ver tudo de um jeito mais bonito, sem nenhum tipo de mal, só tendo pontos bons.
Agora, tudo o que eu peço, é pra Deus me ajudar, a ter pelo menos uma parte do dom que nosso grande Dumont teve, para explorar todo o lugar com pilotando essa grande máquina

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Da poesia para a prosa

Meu Colégio

Meu colégio, meu segundo lar,
Onde eu gosto de estudar
E muitas amizades cultivar.

A cada dia, novos conhecimentos
Para minha formação e crescimento
Dentro do planejamento escolar.

No intervalo, vamos todos à cantina
Comer, beber e conversar.
Depois de satisfeitos, voltamos a estudar.

Pesquisar, calcular e responder...
As tarefas vamos todos terminar,
E, no final da aula, pra casa retornar.

Barbara Anton Pucci.


Meu Colégio

Bárbara adora estudar, seu colégio é seu segundo lar, e lá tem muitos amigos e amigas. Cada dia que se passa, aprende coisas novas, importante para sua formação e crescimento, dentro do que os professores tem para ensinar.
Na hora do recreio, vamos todos à cantina para descansar, comer, beber e conversar sobre vários assuntos e coisas e depois voltar para a sala de aula para ampliar seus conhecimentos. Pesquisar, calcular e responder, ela faz todas suas tarefas, para casa poder retornar.

Saudade - Texto Prosa

Quando nos apegamos a algo ou a alguém, depois de se distanciar dele, sentimos a falta. Saudade, é um sentimento que muitas vezes o ser humano não sabe lidar, pois dói. Uns interpretam como uma assombração, outros como uma dor, outros como uma tristeza e um vazio insaciável. Perdemos pessoas, perdemos objetos e coisas que amamos todos os dias. Porém precisamos pensar que a vida é cheia de pessoas, cheia de lugares, cheia de objetos e que não podemos deixar de ser felizes por aquilo que perdemos. Não podemos deixar que os fantasmas da saudade tome conta de nós mesmos. Tentar não significa conseguir, mas todos que conseguiram um dia tentaram.

Da Poesia Para Prosa - Guilherme Augusto Dalmolin

Chegou A Hora

O Brasil é o país do futuro.
Frases que cansamos de ouvir.
As ideias não saem dos túmulos.
Túmulos que ajudamos a construir.

Barreiras teremos que quebrar.
Ideias quem sabe arrancar.
De lugares tão profundos.
Como aquele que criamos.Túmulos.

Desenterrar os fatos.
Aceitando as consequências.
Pois quem sabe olhando o passado.
Facilita nossa sobrevivência.

Se pararmos para pensar.
Veremos que não é tão difícil.
A um bom lugar chegar.


Antônio Américo Mazzoco Júnior - 2ª/2ª Grau


Chegou A Hora

Todos dizem que o Brasil é o país do futuro, que nada vai pra frente, isso cansamos de ouvir e falar.
Nada sai do papel nem se quer olham para ver se é interessante.
E o que está nesses papéis foi com nosso dinheiro que foi pago e seria construído, se não fosse tudo para o bolso dos corruptos
Barreiras teremos que romper para nossos desejos acontecer e tirar todos corruptos do poder. Ideias teremos que criar para nosso país crescer.

Guilherme Augusto Dalmolin.

Da Poesia Para a Prosa

Era um dia triste

Triste era e já não volta
Mas tudo porém pode no passado ficar
O meu peito dolorido não quis o retorno
E a minha voz se negando de nesse dia falar.

E eu te imaginei de novo
No segundo após
E de novo
No segundo antes
E te quis antes, durante e após.

Que triste a vida assim...
Olhar pro céu e ver
Que já não é aquele céu que nos cobriu
Olhar pra terra e ver
Que as multidões mudaram
Olhar pra vida e nela
Não ver vida.
Olhar pro olhar
Sem olhar brilhando
Olhar por você e não te ver.

Perceber, apenas perceber
Que nada houve,
Que nada restou,
Ninguém para abraçar,
Ninguém para sorrir,
Ninguém para amar...

Que triste a vida assim...

Jandir Luis Hermes



Solidão (dissertativo)

Há tempos em nossas vidas em que a tristeza pode nos perturbar, sem menos esperar somos importunizados por dores sentimentais que nos fazem sofrer. Quando nos afastamos ou perdemos alguém especial, seja por motivo de desilusões das paixões e do amor, por estranhamentos de nossas emoções, ou até mesmo por perdas e separações que levam pessoas queridas a outras dimensões da vida; sentimos nas profundezas da alma uma tristonha sensação que parece irreparável.
Estranhamos tudo que está a nossa volta, como diz a poesia: "Que triste a vida assim..." E já ouvi uma música que diz: "Tudo em minha volta é triste..." Parece que não encontramos motivos para alegrias, tentamos arrancar forças no lugares mais perplexos: no fundo do baú, na linha do horizonte ou no centro de nossos corações.
A vida assim perde a graça, o encanto, a beleza, o bailado e o colorido. Viver assim é sem vida, porque parte da vida se foi.
Enfim, o vazio que sentimos e a dura realidade percebida por encarar um novo mundo, sem coragem por não vivermos da mesma maneira de antes, com as mesmas pessoas que nos fizeram felizes, nos deixa solitários e tristes.

Patrícia Bedin Bergozza

Da poesia para prosa - THAÍS

É tarde pra saber

Ana Helena Machado

Angústia era o que sentia
e o telefone era uma melodia
todo dia a espera sem perecer
e a saudade que só fazia o amor crescer.

Até que em meio ao barulho e agitação
avistava-o na multidão
e só seu olhar já fazia se convencer
que não adiantava nada dele conhecer.

Loucuras fizera por este amor
e nem em meio ao acalanto esquecia a sua dor
o que sentia Mariana
quem poderia entender?

Então um dia ao amanhecer
descobriu... Cássio era Pedro e acabara de morrer
numa folha de jornal todas as informações que
precisava ter
mas era tarde pra saber...



TEXTO:


Acredite!

História de amor são escritas, lidas, faladas e ouvidas todos os dia praticamente. São inspirações para novelas muitas vezes, enfim, fazem parte do nosso cotidiano. O sentimento de amor é tão forte e eterno entre um casal, que parece ser fantasioso para muitos.
Porém o amor não significa apenas felicidade e harmonia, ele vem acompanhado de sentimentos ruins também. Se pode amar alguém e não ser correspondido, isso significa sofrer ainda mais. Sofrer com a angústia, com a possível solidão.
Se amar poder ser sinônimo de sofrer, é apenas porque acreditamos que a perfeição existe ao lado da pessoa amada. Apenas porque existe a ilusão de que se apaixonar e se entregar ao amor é ter uma vida perfeita, aquela que todos sonham, que todos querem.
Conseguimos nos enganar frequentemente, conseguimos acredita em ''felizes para sempre'', em contos de fada. Até eu mesma já acreditei!
Mas se achar que o amor perfeito existe, se acreditar que o homem perfeito é o seu e se lutar pelo seu amor é bom pra você, eu só lhe digo: vai. Seja feliz, sem erros e sem arrependimentos, apenas seja feliz!